Espaço de Arte e Design Boho abre a exposição de Pat Freire, com óleos sobre tela em grandes formatos e aquarelas, expressando seu imaginário a partir de um olhar criativo sobre a natureza.

Espaço de Arte e Design Boho abre a exposição de Pat Freire, com óleos sobre tela em grandes formatos e aquarelas, expressando seu imaginário a partir de um olhar criativo sobre a natureza.

Pat Freire - óleo
 
 
A mostra também traz joias especialmente desenhadas por Ana Grynberg para compor a diversidade das artes, com organização da Boho Ourivesaria e Um Olhar Escritório de Arte
 
 
 


Espaço de Arte e Design Boho abre a exposição da artista plástica Pat Freire, com óleos sobre tela em grandes formatos e aquarelas, expressando seu imaginário a partir de um olhar criativo sobre a natureza. Nessa mostra, as pinturas se misturam com joias criadas e assinadas por Ana Grynberg, numa alquimia para os sentidos. São obras de arte para serem olhadas, usadas, sentidas, numa experiência de cores e formas, tintas e gemas, pela qual o espectador poderá se identificar e se conectar com a liberdade de expressão de suas criadoras.

Espaço de Arte e Design Boho busca promover através da diversidade artística, estilos plásticos, visuais e digitais que valorizam e divulgam nossa cultura.  A exposição será aberta no dia 17 de agosto às 16h.

 
 
 

“A pintura surge, entre outras coisas, de uma imagem mental. Uma imagem vultosa e ambígua, que às vezes pode sugerir uma montanha, mas que pode evocar também o mar. Na verdade, se trata de uma imagem que não é uma montanha nem o mar, mas um conjunto de forças. Esse tipo de imagem permeia meu imaginário e muito me interessa. São visões que sugerem diferentes experiências de observação da natureza, que possibilitam percepções que transcendem mesmo suas formas e forças originais. Ou seja, não estamos falando de mar ou de montanha, mas daquilo que habita em essência qualquer elemento da natureza. São essas percepções que circulam em meu imaginário”, explica Pat Freire.

 

“Um sopro de pintura” – Patrícia Freire

Busca-se na pintura fluir como em um gesto único. O tempo parece em suspensão para que, em um suspiro, o espírito se manifeste como em um sopro através da própria pintura. Os significados surgem pela memória da imagem que, ao mesmo tempo, são capazes de trazer outras memórias e outras imagens impregnadas de experiências acessadas em outro tempo, sugerindo, portanto, um movimento contínuo. O movimento do gesto se une à percepção do imprevisto e ao impulso de tornar em realidade aquela ideia em fluxo. Quando essa dinâmica atinge sua maior intensidade, a imagem realizada na tela se torna potente ao ponto de se transmutar diante do observador. Deixa de ser uma imagem singular e fixa para se tornar um fluxo vivo e plural em sinergia com a mente do outro. Nesse momento se estabelece a verdadeira conexão entre pintura e aquele que a vê, sendo isso o que, de fato, importa. (“Um sopro de pintura” – Patrícia Freire)

 
 

Texto Crítico

“O reencontro com a pintura nas telas de Patrícia Freire”


A arte de Patrícia Freire é a conquista diária da própria pintura nas técnicas tradicionais do óleo sobre tela. Sua base está no que Kandinsky chamou de Princípio da necessidade interior. Impossível não sentirmos a cor, não experimentarmos a alegria íntima da sua fruição, conscientes da emoção que ela nos provoca.
Suas composições procuram a horizontalidade, com colorido muito particular em que, numa vertente, somos provocados por certas harmonias de contrastes e, na outra, pelo descanso das monocromias. Suas obras não são figurativas, mas possuem o resíduo icônico. É como se Patrícia recortasse um pedaço da natureza que nos envolve e o levasse ao microscópio da sua sensibilidade para nos fazer observar cada lâmina. Nos
defrontamos com “céus”, “ventos”, “areias”, “mares”, “espaços cósmicos”, tudo isto para percebermos que estamos reencontrando a pintura. Aqui reside o seu segredo. A técnica aliada a uma temporalidade que não conhece a pressa a superficialidade do mundo contemporâneo. Sua modernidade não se dá pela ironia, pelo choque ou pela contestação. Antes se dá pela anulação do espaço e do tempo diante da eternidade.
Seria o concentrar a atenção no instante que passa, retendo todas as sugestões de eternidade que nele estão contidas, conforme Baudelaire já nos ensinou. Contudo, o que mais me entusiasma na obra de Patrícia, é que ela faz “pintura”, efetivamente. Percebe-se o sentido da matéria pictórica no espaço bidimensional. Há transparências, luzes, sombras. Há o trabalho da mão na pincelada sensível e rica. Há uma diversidade de faturas e cores e aqui, mais uma vez, é impossível deixar de pensar em Kandinsky, quando o grande mestre da cor afirmava que se podia falar na “sonoridade das cores”, aproximando a voz do soprano com a laca vermelha-escura… A pintura de Patrícia é ar, água, fogo e terra, em movimento ou repouso. Ela é constitutiva de nossos próprios elementos. É corpo e alma, matéria e espírito.

Ângela Âncora da Luz
Professora de História e Teoria da Arte. Crítica de Arte. Pesquisadora do Programa de
Pós Graduação em Artes Visuais da EBA/ UFRJ.

 
 
Sobre Patrícia Freire
 

Artista Plástica com bacharelado em pintura pela Escola de Belas Artes da UFRJ, com trabalhos expostos em diversas galerias e instituições de arte no Brasil e no exterior entre as quais: Museu Nacional de Belas Artes/RJ, Galeria Cândido Mendes/RJ, Sesc Copacabana/Rio de Janeiro; Galeria de Arte UFF/Niterói; Blackheath Gallery/Londres; Galeria Aritza/Bilbao; leilão Néret-Minet/Paris. Recebeu Bolsa-residência no International Landscape Workshop- Blanca/ Espanha. Mestre pelo Programa Estudos Contemporâneos das Artes na Universidade Federal Fluminense (UFF), com uma pesquisa de título “Olhar em Transe: Da Natureza da Pintura como Reconexão com o Mundo”, o foco dessa pesquisa é sobre a nossa conexão com a natureza e nossa capacidade de observar e perceber suas influências em nosso comportamento. A pintura como meio de visualização desse processo que mistura o fazer artístico e as relações com o meio ambiente.

Individuais


2013 – “Luz,cor e acasos”- Centro Cultural Paschoal Carlos Magno – Niterói – RJ
2008 – Aritza Gallery – Bilbao – Spain
2004 – Rota das Artes – Niterói – RJ – Brasil
2003 – Centro Cultural Carioca – RJ – Brasil
2001 – Centro Cultural Cândido Mendes – RJ – Brasil
1989 – Sala José Cândido de Carvalho – Niterói – RJ – Brasil 1989 – Galeria EBA 7 –
UFRJ – RJ – Brasil

Coletivas


2021 – Tempo – Galeria Zagut – RJ
2021 – Lumi Festival 2021 – Nova Friburgo – RJ
2020 – “ Take Me To The River”- Motion to Recover – Online Exhibition Platform –
Goethe Institut & Prince Claus Fund – Germany
2020 –Coletiva Eixo 2020 – EixoArte Galeria Virtual – RJ
2020 – “Residência Artística – Laboratório Aberto de Artes – Territórios Sensíveis” –
Galeria Z42 – RJ
2019 – “A Caminho da Babel” – Cúpula Caminho Niemeyer – Niterói – RJ
2017 – “Das Utopias Como Paisagens Possíveis” – Galeria de Arte UFF – RJ
2016 – “EBA 200 Anos” – Museu Nacional de Belas Artes – RJ
2016 – FLORENSE – EIXO Arte – Niterói – RJ
2013 – “40 Aniversario” – Galeria Aritza – Bilbao – Spain
2011 – “Mujeres Pintoras de Galeria Aritza” – Galeria Aritza- Bilbao – Spain
2009 – “Arte Para Navidad” – Galeria Aritza – Bilbao – Spain
2009 – “Retrospetive Period 2008/2009 – Galeria Aritza – Bilbao – Spain
2009 – “Promise to Travel”- Galeria Aritza – Bilbao – Spain
2009 – Néret-Minet & Tessier – Paris – ( auction at 16 may) – France
2009 – “New Year Show” – Blackheath Gallery – London – UK
2008 – Aritza Gallery – Bilbao – Spain
2008 – “Christmas Show “– Blackheath Gallery – London – UK
2008 – “New Year Show” – Blackheath Gallery – London – UK
2007 – Neret-Minet Paris – (auction at 24/11) – France
2007 – The Brownston Gallery – Modbury – South Hams – UK
2007 – Plymouth Arts Trail – Plymouth Arts Centre – UK
2007 – Shortlisted to Open 07 Exhibition at Sherbone House – UK
2007 – Galerie Stand’art – Paris – France
2007 – Lighthouse Visual Arts Centre – Brixham – UK
2007 – Art and Soul Gallery – Plymouth – UK
2006 – Art-Go – Brewhouse Gallery – Plymouth – UK
2005 – Rota das Artes – Niterói – RJ – Brasil
2004 – “Entrecaos” – Espaço das artes – Niterói – RJ – Brasil
2003 – “Feminino” – Centro Cultural Paschoal Carlos Magno – Niterói – RJ – Brasil
2003 – “Campo Ambiental” – Galeria Arte UFF – Niterói – RJ – Brasil
2002 – “Dimensões Paralelas” – Espaço das Artes – Niterói – RJ – Brasil
2002 – “Niterói Arte Hoje” – MAC – Museu de Arte Contemporânea – Niterói – Brasil
1999 – SESC Poemas Visitados /preto & branco – Copacabana – RJ – Brasil
1999 – “Outras Paisagens” – SESC Copacabana – RJ – Brasil
1990 – Centro C. Paschoal Carlos Magno – Niterói – RJ – Brasil
1988 – Centro Administrativo São Sebastião – RJ – Brasil

Premiações

2008 – Scholarship – International Landscape Workshop – Blanca – Spain
1988 – Painting contest – CCS – UFRJ – Brasil
 
 
Sobre a Boho
 
Pensadas para serem usadas a qualquer hora do dia, as jóias da Boho Ourivesaria têm inspiração no bohemian lifestyle. São peças contemporâneas, de ar étnico e retrô, em ouro 18 quilates, em prata, ou em prata com banho de ouro de vários tons, que se destacam pela abundância de pedras. Com um mix harmonioso entre o sofisticado e o despojado, as jóias traduzem a elegância despretensiosa da mulher carioca e são a cara da proprietária da marca, Ana Regina Grynberg Zimmerman, que inaugurou a joalheria em 2012. 
 
Serviço
 
Exposição: Pinturas
Artista: Patrícia Freire
Site: www.patfreire.art
Organização: Boho Ourivesaria e Um Olhar Escritório de Arte
Local: Espaço de Arte e Design Boho
Rua Rainha Guilhermina, 294 – sala 201 – Leblon – RJ
Abertura: 17 de agosto de 2022, das 16h às 21h
Visitação: 17 de agosto a 17 de novembro de 2022
Dias e horários: de segunda  a sexta, das 13h às 17h
Assessoria de imprensa: Paula Ramagem
Entrada franca
Censura livre
Instagram: @patfreire.art  @bohojoias   @umolharnet.real

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