Receber o diagnóstico positivo para o câncer, para muitos, é um momento em que os sentimentos podem se misturar. A sensação de ficar sem chão, do medo de perder a vida, as tantas dúvidas e incertezas que podem surgir. Para muito além da doença, o câncer muda a perspectiva do indivíduo sobre a vida. Mas, hoje, além de poder contar com tratamentos modernos, tecnologia de ponta (equipamentos de última geração), novos tipos de terapia, duas palavras estão fazendo a diferença na vida dos pacientes oncológicos: acolhimento e humanização, visando ao atendimento integral.
Esse atendimento humanizado funciona como auxiliar no tratamento dos pacientes oncológicos. No Oncoville, essa prática já é considerada como o “DNA” da clínica e implementada pelos profissionais do corpo clínico, equipe de enfermagem, tecnólogos e demais colaboradores da instituição, desde a chegada do paciente na recepção.
O atendimento humanizado é aquele em que todos os envolvidos atuam para que o paciente tenha um tratamento digno e apropriado, sendo ouvido, respeitado, compreendido e aconselhado. Em poucas palavras, no lugar de dedicar todo o foco para o combate de uma enfermidade ou na condição de saúde na qual em que o paciente se encontra, os profissionais da clínica mantêm a atenção no indivíduo em si e nas suas necessidades.
“A humanização do cuidado é essencial para a promoção do bem-estar durante a estada do paciente no ambiente da clínica”, destaca Fernando Popovicz, Responsável Técnico da Enfermagem no Oncoville. Sobre acolhimento humanizado, ele explica que é a busca pelo equilíbrio entre um bom tratamento e uma boa experiência para o paciente. “O acolhimento cria vínculo, faz com que os profissionais possam se colocar no lugar do outro. Ao ouvir o que o paciente tem a falar, pode-se realizar um atendimento que contribua com o bem-estar do paciente e dos seus familiares. O estar próximo, conhecer e acolher de forma humanizada acalma o estigma cultural sobre a doença, a angústia, e auxilia o paciente nesta fase de tratamento. Isso acaba diminuindo a resistência dele diante do tratamento, aumentando as chances de melhora. Há ainda o estreitamento de laços entre o paciente e os componentes das equipes. O importante é o paciente se sentir bem e o resultado de seu tratamento o melhor possível”.
A força de um testemunho – de enfermeira a paciente
Cleusa Bastos Campregher mora em Jaguariúna, São Paulo, tem 83 anos e faz exames de rastreamento regularmente. Em (ano), foi diagnosticada com câncer de endométrio de alta malignidade, Grau lll. “Senti-me desabar, dolorida, perdida sobre como contar isso à família. Recebi apoio e esclarecimentos do meu médico e explicações detalhadas sobre o tratamento que faria. Tive muita fé, orei e me mantive otimista. Com ajuda de minha irmã, fiz em São Paulo uma cirurgia robótica chamada pan-histerectomia (retirada de ovários e trompas). Em dois dias, voltei para casa, sem nenhuma dor ou desconforto. Passada esta primeira fase, vinha mais uma etapa do tratamento, que era a radioterapia, devido à malignidade do tumor, mas não seria essa nossa conhecida e sim braquiterapia, quatro sessões.”
A escolha por fazer o tratamento de braquiterapia no Oncoville se deu em função de sua filha morar na cidade. A enfermeira aposentada, que viveu o “outro lado da moeda”, conta que em sua idade, viu renascer a esperança e percebeu como a ciência, a tecnologia e o conhecimento estavam ao seu alcance. Ela conclui com esta afirmação: “Ter tudo isso alinhado a um atendimento humanizado era exatamente o que eu precisava e encontrei aqui no Oncoville. Agora preciso aprender a celebrar a vida até quando Deus permitir”.
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