Contratações de PcD sobem 18% no trimestre, aponta Michael Page

Contratações de PcD sobem 18% no trimestre, aponta Michael Page 

Consultoria credita alta de novas posições à maior oferta de programas para pessoas com deficiência no ambiente corporativo e busca das empresas por profissionais mais sêniores  

A contratação de PcD subiu 18% no primeiro trimestre deste ano frente o mesmo período do ano passado. Os dados são da Michael Page, consultoria especializada no recrutamento e seleção de profissionais. De acordo com a consultoria, a alta procura por esses profissionais foi motivada pela maior oferta de programas de diversidade no ambiente corporativo e busca das empresas por profissionais mais sêniores. 

“Temos notado que as empresas estão bem ativas com seus programas de diversidade e iniciativas ESG, incluindo mais pessoas em seus quadros. As pessoas com deficiência fazem parte desta realidade e estão sendo mais procurados neste momento. O que mudou também, de um tempo para cá, é que as companhias estão buscando profissionais mais experientes, mostrando que o mercado está direcionando algumas posições para perfis mais sêniores”, explica Isabel Pires, Gerente Executiva da Michael Page. “O mercado continua aquecido. Ainda temos 35 vagas com processo seletivo aberto. Isso mostra que as contratações devem ser mais aquecidas nos próximos meses”, completa.  

Outro fator que tem contribuído para o incremento de novas posições é o aumento da remuneração média do mercado. Nos três primeiros meses deste ano tivemos um incremento de 18% nas remunerações trabalhadas comparado ao mesmo período de 2022. “Essa melhora na remuneração impulsiona processos seletivos mais ágeis e assertivos”, diz Isabel.   

 Os segmentos que mais têm contribuído para a contratação de pessoas com deficiência, segundo a Michael Page são agrícola, farmacêutica, bens de consumo, energia e indústria em geral. “Notamos um alto interesse por parte das empresas em se adequarem à Lei de Cotas e a projetos de inclusão.  Outro diferencial que pode deixar os candidatos em posições de destaque ao longo do processo seletivo é a capacidade de se comunicar em outros idiomas, principalmente inglês. 

Manual traz dicas e orientações para contratação de PcD 

A Michael Page acaba de lançar um manual com o intuito de apoiar as empresas na contratação de pessoas com deficiência. O e-book Pessoas com Deficiência e o Mercado de Trabalho traz dicas, orientações e sugestões de especialistas. Mostra aos empregadores como fazer para empoderar candidatos neurodiversos, como quebrar o ciclo de desemprego, como transformar a aceitação e acessibilidade, entre outras informações.  

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo menos 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, cerca de 24% da população do país. Ainda segundo o IBGE, 7 a cada 10 pessoas com deficiência estão fora do mercado de trabalho. 

Veja abaixo as principais dicas para os empregadores: 

Acessibilidade em anúncios e posts 

• Forneça o acesso à vaga em formatos acessíveis (converter impressão padrão para impressão grande, fornecer documentos eletrônicos, etc.) e ofereça a possibilidade de preencher formulários por telefone; 

• Formate o anúncio de forma cuidadosa, não misturando muitas fontes, cores ou outras características que dificultem a leitura do conteúdo, seja pelo candidato ou pelo software de conversão de texto em fala; 

• Forneça treinamento sobre diversidade, equidade e inclusão a todos os colaboradores envolvidos no processo de recrutamento para garantir que as candidaturas sejam tratadas de forma justa; 

• Inclua uma opção para compartilhar qualquer apoio ou ajustes necessários no processo de entrevista, entendendo que os candidatos não podem optar por divulgar informações nesta etapa. 

Acessibilidade nas entrevistas 

Uma vez feita a pré-seleção, este é o momento de perguntar novamente aos candidatos como você pode apoiá-los e ajudá-los a prosperar durante a entrevista (exemplos incluem: tempo extra para uma etapa escrita ou fornecimento de materiais em letras grandes).  

Não faça suposições sobre quais ajustes devem ser feitos sem primeiro falar com o candidato (por exemplo, nem todas as pessoas com perda de visão leem braile e nem todas as pessoas com visão parcial gostam de salas muito iluminadas).  

Antes da entrevista, pergunte se o nível de iluminação é adequado ou se o candidato prefere se mover em direção ou para longe de uma janela. 

 Certifique-se de que a sala de entrevistas tenha passagem livre para circulação. Ofereça-se para guiar o candidato pelo edifício e para a sala de entrevistas. 

Há considerações adicionais exclusivas das entrevistas remotas, como por exemplo: 

• Verificar com um candidato qual é a melhor forma de convite e estilo de entrevista remota (telefone, e-mail ou videochamada são opções que podem ser preferidas, dependendo do indivíduo); 

• Se estiver trabalhando com uma plataforma de vídeo, discuta as opções com o candidato, pois algumas oferecem mais recursos de acessibilidade do que outras; 

• Ofereça realizar uma ligação como teste com candidatos usando plataformas de vídeo ou outra tecnologia especial para conduzir a entrevista. 

Para ter acesso ao material completo e baixar o guia, acesse: https://www.michaelpage.com.br/diversidade-e-inclusao/pessoas-com-deficiencia-mercado-trabalho-1-MP-011 

Sobre a Michael Page 

Parte do PageGroup, a Michael Page é um dos maiores players mundiais em recrutamento de especialistas e gestores em níveis de alta e média gerência. Conta com mais de 26 áreas de atuação, dentre elas apresenta soluções na área de tecnologia e recrutamento com foco na diversidade e inclusão.   

Com uma gama soluções para recursos humanos, o PageGroup é um grupo inglês listado na bolsa de valores de Londres e está presente em 37 países. Atualmente, seus mais de 9 mil colaboradores atuam em diferentes culturas e mercados, o que contribui para seu conhecimento em 3 esferas: global, regional e local. No Brasil desde 2000, os consultores espalhados pelo país em nossos cinco escritórios (São Paul, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba e Recife) já realocaram mais de 40 mil profissionais em todo o país. 

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