Meta: gigante já faturou mais de 50 milhões de reais com monopólio em eleições

Meta: gigante já faturou mais de 50 milhões de reais com monopólio em eleições

META FACEBOOK
 

A Meta, empresa de Mark Zuckerberg responsável pelo Facebook e Instagram, já acumula mais de R$ 51,2 milhões em receitas provenientes de campanhas políticas brasileiras em 2024, conforme divulgado nesta semana pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A empresa é a única que realmente ganhou com o pleito nacional. Comparando com as eleições municipais de 2020, as últimas realizadas no Brasil, o crescimento foi de quase R$ 14 milhões.

Para Ediney Giordani, especialista da KAKOI Comunicação, essa mudança posiciona definitivamente as redes sociais como ferramentas indispensáveis para qualquer campanha eleitoral, especialmente após o Google, seu maior concorrente, ter decidido não aceitar anúncios políticos este ano:

“Essa ausência de uma concorrência direta do Google, como aconteceu em outras eleições, transformou a Meta na única plataforma digital para partidos e candidatos chegarem às pessoas, pelo menos no impulsionamento de suas campanhas. Na prática, todas as plataformas da Meta com esse poder de anúncio, ou seja, Facebook e Instagram, consolidaram sua presença com mais intensidade no Brasil”.

Quantos usuários ativos fazem parte das redes sociais da Meta no Brasil?
As campanhas políticas tiveram ganhos enormes em termos de alcance, como demonstrado pelos dados do Data Reportal 2024. Só o Instagram possui 134,6 milhões de usuários ativos no Brasil, enquanto o Facebook conta com mais de 111,3 milhões de cadastros.

O papel das agências de comunicação nas eleições de 2024 no Brasil?
O alcance potencial para candidatos é, naturalmente, o caminho para atingir um número considerável de eleitores, incluindo indecisos, fato que as agências de comunicação já estavam preparadas desde o início do ano.

“A movimentação já era uma rota calculada pelos profissionais de comunicação, que, sabendo das mudanças, se prepararam para esta nova realidade, criando campanhas dentro das regras do TSE e das próprias redes, direcionando os investimentos conforme a política de gastos na chamada pré-campanha”.

As previsões de que as redes sociais iriam tomar espaço ou ganhar terreno em relação a outras formas tradicionais de comunicação agora se mostra realidade, visto candidatos que não contam com horário eleitoral da tv e concentram sua visibilidade nas redes sociais:

“O planejamento fez diferença nestas eleições e seguirá assim nos próximos pleitos. Verbas concentradas no online irão substituir em um futuro próximo o próprio horário eleitoral” finaliza o especialista.

 

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