Vários especialistas estão discutindo sobre como o mundo mudou, inclusive citando o tal do “novo normal”, mas, na prática, o que temos são suposições analisadas sob a ótica das adaptações recentes que vivemos. Claro que a presença da tecnologia é esmagadora para fazer compras, trabalhar, estudar ou passar momentos de lazer:
“Avançamos, isso é fato. E não tem como voltar. Por mais que tenhamos a vacinação avançando e, muito em breve, uma redução nos casos de Coronavírus, não teremos uma regressão no nosso modo de vida atual. A tecnologia nunca foi tão importante para as pessoas, sob qualquer ângulo em que se analise a questão” aponta Ediney Giordani, CCO da KAKOI Comunicação.
A mudança foi tamanha que o “The Economist” fez um levantamento sobre o que já mudou e que vai seguir presente em nossas vidas – e os principais pontos foram devidamente analisados por Giordani:
Educação
Lembra quando o e-learning era mal visto por ser feito a distância? Agora, com o isolamento social, o Learning Experience Design entrou em cena levando a educação para outro patamar: “No começo foi meio atropelado por pegar todos de surpresa, mas as instituições de ensino já perceberam que o ensino em casa é possível. O preconceito contra faculdades, universidades e escolas fundamentais, por exemplo, já é coisa do passado. Estas instituições criaram sites apropriados e plataformas confiáveis para as aulas online seguindo a lógica de que todos os alunos estão em suas casas.”
Telemedicina
Outra realidade que muitos duvidaram, a medicina conseguiu se adaptar muito bem: “Planos de saúde, hospitais e clínicas conseguem fazer diagnósticos básicos à distância. No futuro, essa realidade deverá seguir existindo, isso, junto a democratização dos meios irá mudar muito o jogo, incluindo consultas em locais distantes que hoje não contam com um profissional da saúde.”
E-commerce
A corrida pelas agências de comunicação cresceu de acordo com um estudo feito pela Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro): “É a corrida pelo espaço digital online. O e-commerce só cresce ao passo que as lojas físicas seguem fechando. É a sobrevivência das vendas aderindo ao digital antes que seja tarde demais, mais do que digitalizar, as lojas virtuais se tornaram questão de sobrevivência.”
Trabalho remoto
Escritórios e espaços de trabalho vão continuar existindo, mas agora existe a possibilidade em se contar com uma equipe trabalhando em regime remoto ou home office. Ou seja, é o fim dos grandes escritórios físicos: “em um futuro próximo, as posições fixas de trabalho deixarão de existir, os profissionais irão até os locais e trabalharão em diferentes posições. Isso já é realidade em grandes empresas que inclusive utilizam a tecnologia para verificar os profissionais presentes e sua localização”.
StartUps
Empresas que fornecem tecnologia e soluções passaram a ser vistas com bons olhos e se um negócio não investir em novas tecnologias, o futuro será a falência: “O modelo tradicional já foi derrubado por soluções tecnológicas que transformam a vida das pessoas digitalmente. Hoje, produtos tidos como essenciais, como contadores, estão online com valores extremamente mais acessíveis, e isso se intensificará”
Agulha no Palheiro
Por fim, a comunicação digital abraçou todos os segmentos. Ter uma agência é contar com especialistas para criar o site, gerir redes sociais, criar conteúdo em blog ou assessoria de imprensa, melhorar os mecanismos de vendas e criar eventos online com segurança e precisão: “As marcas entenderam que, assim como preconizou o teórico Mcluhan nos anos 80, vivemos em uma grande palheiro e muitas agulhas encobertas, ter a “sua” agulha encontrada passa a ser o grande desafio, aí a comunicação se tornou essencial” completa o especialista.
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- Aroldo Antonio Glomb Junior
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