O Brasil vive um surto de dengue e os casos da doença não param de subir em todas as regiões do país. O número de casos em 2022 já supera o total de 2021.
De acordo com o boletim semanal publicado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no último dia 14/06, são quase 97 mil o número de casos de dengue confirmados no Paraná e 51 mortes.
Como ainda estamos no período sazonal epidemiológico da doença, toda a população deve ficar alerta. A médica infectologista do Eco Medical Center, Dra Viviane de Macedo, explica que a dengue tem ciclos e um dos motivos do aumento de casos se deve as fortes chuvas que ocorreram no final de 2021 e início desse ano. “Isso porque os mosquitos depositaram seus ovos que acabaram eclodindo e vimos os casos aumentarem. Os anos de 2020 e 2021 foram períodos muito secos, inclusive com racionamento de água em diversas cidades do país. Quando vieram as chuvas o cenário mudou”, explica a especialista.
A seguir, a Dra Viviane de Macedo reforça quais são os principais cuidados em relação à doença e tira algumas das dúvidas mais comuns da população.
Transmissão
A transmissão da dengue não se dá por meio do contato da pessoa infectada para outra pessoa. O contágio é por meio da picada do vetor Aedes aegypt, mosquito que também é responsável pela zika e chikungunya. Para evitar todas essas doenças, temos que continuar monitorando e removendo potenciais criadouros para que não haja a proliferação do mosquito.
Sintomas
A dengue é uma doença viral. Normalmente, os sintomas iniciais são parecidos com os de uma síndrome gripal – que pode até ser confundida com COVID-19. Mas a dengue não apresenta sintomas respiratórios como coriza (nariz escorrendo), obstrução nasal (nariz entupido).
Febre alta (maior 38.5ºC), dores musculares intensas, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo também são manifestações da doença. Outros sintomas mais graves tais como dor abdominal intensa, vômito persistente, tontura (hipotensão), diminuição do volume urinário e muito cansaço também podem ocorrer.
Tratamento
Assim que o paciente tiver sintomas deve procurar o serviço médico e consultar um especialista. No caso do diagnóstico de dengue, deve-se evitar o uso de anti-inflamatórios, principalmente medicamentos derivados de Ácido Acetilsalicílico (AAS), que podem gerar graves complicações, como confusão mental, convulsões entre outros.
Apesar de existir uma vacina para Dengue (Dengvaxia), essa vacina é indicada apenas em indivíduos que já tiveram a doença. Mas vale citar que ensaios clínicos de novas vacinas contra da dengue estão sendo desenvolvidos, inclusive pelo Instituto Butantan, mas enquanto novos imunizantes não estão disponíveis, é importante manter as medidas de prevenção.
Prevenção
Todos os cidadãos podem contribuir para evitar a propagação da doença. É importante evitar a presença de criadouros, dando destinação adequada ao lixo. Eliminar qualquer recipiente que possa acumular água, como vasos de plantas, calhas e pneus, é a chave para evitar a proliferação do mosquito. Quem tem piscina em casa, com água sem tratamento, também deve lembrar de cobri-la quando não estiver em uso.
Caso a pessoa resida em uma região de alta incidência de dengue, outra forma de se proteger do mosquito é colocar telas nas janelas e manter as portas fechadas.
O cuidado com o entorno também é importante. Caso a pessoa resida ou trabalhe próximo a um terreno baldio que esteja propenso a criação do mosquito é possível chamar a vigilância sanitária para providências.
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Sobre o Eco Medical Center: Complexo médico com mais de 30 especialidades, realização de exames e cirurgias de pequena e média complexidade, com foco no cuidado preventivo da saúde em um só lugar. Localizado em Curitiba, ao lado do Hospital IPO, o Eco atende os principais planos de saúde do país. Mais informações: www.ecomedicalcenter.com.br
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