Imunoterapia aumenta chance de cura do câncer

Imunoterapia aumenta chance de cura do câncer

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A imunoterapia vem ganhando cada vez mais espaço e indicações em diferentes áreas da medicina e, em especial, na oncologia. Esse tipo de tratamento busca melhorar o combate a infecções virais, bacterianas, doenças autoimunes e até mesmo o câncer pela hiperativação e regulação do sistema imune do próprio indivíduo.

 

“No tratamento do câncer, pode ser utilizada de forma isolada ou associada a outros tratamentos, como a quimioterapia, para aumentar as chances de cura ou controle da doença, em um número cada vez maior de indicações para diversos tipos de tumor. Sua ação se dá pela estimulação do sistema imune do próprio paciente, tornando-o mais efetivo, para combater a doença com maior intensidade, destaca o oncologista clínico Luís Felipe Matiusso de Souza, do Instituto de Oncologia do Paraná – IOP.

 

Principais tipos de imunoterapia

 

Inibidores de checkpoint: sistema imune do nosso corpo utiliza mecanismos, denominados checkpoints, que identificam células saudáveis e impedem sua destruição imune. A célula tumoral pode adquirir a capacidade de driblar esse mecanismo e não ser atacada pelo sistema imune.

 

Os inibidores de checkpoint imune atuam reativando o sistema imune, que volta a identificar a célula tumoral como algo prejudicial e buscar sua destruição.

 

Esse tipo de imunoterapia já é tratamento bem estabelecido para diversos tipos de câncer como, por exemplo, melanoma, câncer de pulmão, rins, bexiga, mama, entre outros.

 

Car T-Cells: esse tratamento utiliza linfócitos (um tipo de célula de defesa) do próprio paciente. Usando o método denominado aférese, essas células são removidas da circulação e modificadas geneticamente para reconhecer de forma mais específica e combater de forma mais efetiva as células tumorais.

 

Anticorpos monoclonais: são criados para identificar e marcar células tumorais ou seus componentes, facilitando, assim, sua identificação e destruição pelo sistema imune.

 

O oncologista clínico cita que os anticorpos monoclonais podem também ser conjugados a drogas, como agentes quimioterápicos citotóxicos, sendo capazes de entregar essas medicações de forma precisa e eficaz diretamente nas células tumorais.

 

Vacinas contra o câncer: alguns tipos de vacinas vêm sendo estudadas e desenvolvidas com potencial aplicabilidade contra o câncer, utilizando como alvo proteínas específicas das células tumorais ou até mesmo vírus geneticamente modificados reprogramados para atacar essas células.

 

O tratamento não é eficaz para todos os tipos de tumores ou para todos os pacientes em determinados tipos de tumor. Mas quando há resposta, ela tende a ser importante e duradoura, com potencial controle da doença por muitos anos. Os efeitos colaterais mais frequentes são náusea, cansaço, febre, cefaleia, dor muscular e tontura. De maneira geral o tratamento é bem tolerado pela maior parte dos pacientes.

 

“A imunoterapia deve ser prescrita pelo médico especialista. No caso do câncer, cabe ao oncologista clínico. Consulte seu médico para saber mais sobre essa modalidade de tratamento e se pode ser uma opção para você, sugere Dr. Luís Felipe Matiusso de Souza.

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