Uma fábrica de tubos de televisão nos anos 90 tinha os mesmos processos industriais dos anos 70. No geral, a tecnologia não mudava muito rápido e nem todos podiam comprar os aparelhos de televisão, o que justificava operações arcaicas. Mas na virada dos anos 2000 aconteceram várias situações: o poder aquisitivo subiu, a tecnologia antes estagnada começou a avançar em dois ou três anos, o que levava uma década e o catálogo de produtos aumentou. Era necessário criar conexões reais entre processos produtivos com tecnologia, ou Indústria 4.0.
Hoje, a coleta de dados pela Internet das Coisas (IoT), uso de Inteligência Artificial para criar fluxos de automação e análise de informações em tempo real transportavam o setor industrial para um cenário muito mais dinâmico.
A indústria 4.0 já é realidade em algumas fábricas ao redor do mundo, como mostra o levantamento da International Market Analysis Research and Consulting (IMARC): entre 2023 e 2028, a taxa de crescimento anual das soluções tecnológicas tem projeção de chegar aos 21%, percentual maior que os 18,8% anuais registrados entre 2017 e 2022.
Para Marcelo Lonzetti, Diretor da ztrax e especialista em tecnologia RTLS, a maior vantagem da tecnologia de monitoramento em tempo real é o volume de dados coletados para que gestores possam identificar como está cada etapa, identificando padrões e ajustando estratégias de produção:
“Trabalhar com essas informações em tempo real serve para as empresas utilizarem, da melhor maneira, todos os insumos e aumentar a produtividade. Cada pequeno aspecto pode ser controlado como, docas mais efetivas ou localização de componentes”.
Segurança interna aumenta
Outro detalhe que justifica a adoção acelerada da tecnologia em indústrias como plantas siderúrgicas, por exemplo, está no aumento da segurança interna. Áreas para descarregar materiais, setores de resfriamento de serpentinas e outros segmentos internos podem ser considerados zonas de perigo para colaboradores, e o sistema RTLS pode criar alertas com cercas virtuais para detalhes críticos:
“A rastreabilidade de materiais e equipamentos é o ganho que mais atrai as siderúrgicas, sem dúvida, mas o sistema pode ser utilizado para cuidar da movimentação de empilhadeiras e até criar acessos restritos, detalhes que aumentam consideravelmente a segurança interna” completa Lonzetti.
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