A demanda por produtos nunca é a mesma e pode variar de acordo com fatores tão imprevisíveis quanto a moda ou a sazonalidade. Por estas razões que existem diferentes tipos de sistemas de produção para cada necessidade – felizmente, para cada caso existe um sistema de produção com características próprias.
Antes de aprofundar o assunto, cabe um disclaimer: enquanto a produção é simplesmente a transformação de um bem ou matéria-prima em um produto ou serviço, os sistemas de produção implicam uma série de processos para cumprir esse objetivo.
“O sistema de produção é a soma de vários processos que precisam ser controlados por meio de um método, como o MRP, por exemplo, cujo objetivo é otimizar processos para serem cada vez mais eficientes em tempo, custo e qualidade” explica Renato Pádua, Gerente Comercial da CWBem
Tipos de sistemas de produção
Existem, pelo menos, quatro sistemas principais de produção que podem ser implementados por projeto, lote, massa e fluxo contínuo. Renato explicou detalhadamente cada um destes sistemas.
Produção por projeto ou a pedido
Neste sistema, o processo de fabricação gera um produto específico ou customizado para um cliente. Este sistema precisa de muito planejamento para se adequar às necessidades do comprador. Dentre os principais desafios existe o cumprimento da estimativa de custos e prazos de entrega do cliente, além da otimização dos processos para que o custo permaneça baixo:
“Gerenciar recursos humanos é outro grande desafio, pois este sistema é trabalhoso. Felizmente, a utilização de um sistema ERP que integre um módulo de produção pode ser de grande ajuda pela conexão do processo de produção com a administração de sua empresa. O importante é manter o controle dos custos e os tempos de produção a todo momento, pois cada movimento é imediatamente refletido em seus relatórios de vendas e cobranças”.
Produção intermitente ou em lote
Quando um pequeno número de produtos idênticos precisa ser criado, estamos falando de um sistema de produção intermitente ou em lote. Normalmente este sistema trabalha com modelos ou modelos para otimizar a produção – sempre atento com lotes de produtos dentro da frequência necessária:
“O mesmo lote pode passar por diferentes fases. Por exemplo, as grandes empresas geralmente gerenciam várias fábricas, em cada uma das quais realizam uma tarefa de fabricação específica. Embora mais operações já possam ser otimizadas neste processo de produção, o que permanece é o desafio de se adaptar a cada novo pedido e fazer com que cada lote se mova pelo sistema de produção”
Produção em massa
Para gerar grandes quantidades de produtos idênticos, o sistema de produção em massa permite obter o melhor desempenho. Aqui a automação é maior e requer menos mão de obra:
“É comum que a produção em massa seja feita através de uma linha de produção, ou seja, a montagem de componentes individuais. Por sua vez, essas peças podem ser adquiridas de outras empresas” aponta Renato.
Produção de fluxo linear (uso contínuo)
Este é o tipo de sistema que remete à maior escala de produção: fluxo contínuo. Ao contrário da produção em massa, neste sistema a fabricação é mantida 24 horas, sete dias por semana.
Como a produção é mantida de forma constante e contínua, as chances de eliminar custos e alavancar recursos são maiores. Além disso, os níveis de estoque são mínimos porque a demanda por produtos é constante:
“De fato, entre os tipos de sistema de produção, este é o que mais pode ser automatizado, dependendo do tipo de produto. Depende se a demanda é substancialmente alta e constante, se o produto é sempre o mesmo e se as operações são bem definidas com suas etapas de produção e materiais necessários” completa Renato.
- Aroldo Glomb
- KAKOI Comunicação
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